O que é Leishmaniose Visceral Canina em Cães e Gatos?

O que é Leishmaniose Visceral Canina em Cães e Gatos?

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença infecciosa causada pelo parasita Leishmania, transmitido aos cães e gatos através da picada de insetos vetores, como o mosquito-palha. Essa doença é considerada uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida dos animais para os seres humanos.

Transmissão e Vetores

A transmissão da Leishmaniose Visceral Canina ocorre quando o mosquito-palha infectado pica um animal infectado e, posteriormente, pica um cão ou gato saudável. Os mosquitos vetores são mais ativos durante o crepúsculo e a noite, período em que ocorre a maior parte das picadas.

Além disso, a transmissão também pode ocorrer por meio de transfusão sanguínea, transplante de órgãos e da mãe para o filhote durante a gestação ou amamentação.

Sintomas

Os sintomas da Leishmaniose Visceral Canina podem variar de acordo com a fase da doença. Na fase inicial, os animais podem apresentar perda de apetite, emagrecimento, fraqueza, apatia, febre intermitente, aumento dos gânglios linfáticos e lesões de pele.

Conforme a doença progride, os sintomas se agravam, podendo ocorrer anemia, sangramentos, problemas renais, hepáticos e articulares, além de lesões oculares, como uveíte e ceratite. Em casos mais avançados, pode ocorrer a falência de órgãos e, eventualmente, levar à morte do animal.

Diagnóstico

O diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina é realizado por meio de exames laboratoriais, como a sorologia, que detecta a presença de anticorpos contra o parasita, e a citologia, que identifica a presença do parasita em amostras de tecido.

Além disso, exames clínicos e anamnese são importantes para avaliar os sintomas apresentados pelo animal e sua exposição a áreas endêmicas da doença.

Tratamento

O tratamento da Leishmaniose Visceral Canina é complexo e deve ser realizado por um médico veterinário especializado. Geralmente, é utilizado um protocolo terapêutico que combina medicamentos específicos para combater o parasita, além de cuidados de suporte, como a administração de fluidos e alimentação adequada.

É importante ressaltar que o tratamento não garante a cura completa da doença, mas sim o controle dos sintomas e a redução da carga parasitária no organismo do animal.

Prevenção

A prevenção da Leishmaniose Visceral Canina é fundamental para evitar a infecção dos animais. Medidas como o uso de repelentes, coleiras antiparasitárias e vacinação podem ajudar a reduzir o risco de contaminação.

Além disso, é importante manter o ambiente limpo e livre de acúmulo de matéria orgânica, que pode atrair os mosquitos vetores. Evitar o contato dos animais com áreas endêmicas da doença também é uma medida preventiva eficaz.

Controle da Doença

O controle da Leishmaniose Visceral Canina envolve ações tanto no âmbito individual, como o tratamento dos animais infectados, quanto no âmbito coletivo, como ações de vigilância epidemiológica, controle dos vetores e educação da população.

É importante ressaltar que a eutanásia de animais infectados não é uma medida eficaz para o controle da doença, pois não elimina os vetores e pode gerar resistência ao tratamento nos animais sobreviventes.

Considerações Finais

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença grave que afeta cães e gatos, podendo também ser transmitida aos seres humanos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o controle da doença e a preservação da saúde dos animais e da população em geral.

A prevenção, por meio de medidas de proteção e cuidados ambientais, também desempenha um papel importante na redução do risco de infecção. Portanto, é essencial que os tutores estejam atentos aos sintomas e busquem orientação veterinária para garantir a saúde e o bem-estar de seus animais de estimação.

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